Se você veio até aqui procurando assuntos políticos, nem perca o seu tempo. Quando o papo é estritamente sobre música, Lobão retorna ao seu ambiente natural e, sem deixar de lado o humor ácido e a coragem, compartilha fatos e impressões sobre sua vida e o cenário cultural e artístico do país desde os anos 70.
Lobão não só é protagonista de episódios, polêmicas e projetos que o mantiveram como um dos principais personagens da história artística brasileira, como, aos 62 anos de idade, continua reafirmando a importância de sua voz na cultura do país através de novas empreitadas, como o lançamento de sua masterclass.
Lobão encarou encrencas, arriscou-se, foi duro contra adversários, declarou amor a antigos desafetos, bateu, apanhou e viveu a mil. Mas acima de tudo, criou música de qualidade e brigou por ela.
Se você for capaz de deixar ideologias políticas de lado por 20 minutos, aqui está o nosso convite. Venha assistir a um episódio com um puta compositor, cantor, multi-instrumentista e produtor musical. Sem dúvida, uma das figuras mais polêmicas, emblemáticas e importantes da Música Brasileira.
Nascido no Rio de Janeiro em 1957, Lobão iniciou carreira como baterista na banda Vímana (com Lulu Santos e Ritchie), em 1974, e, posteriormente, na Blitz. Em 1982 lançou seu primeiro álbum solo, “Cena de cinema”. Compositor de grandes sucessos como “Me chama”, “Vida bandida”, “Rádio Blá”, “Decadence avec elegance”, “Vida louca vida” e “Corações psicodélicos”, em 1999 decidiu lançar por conta própria o álbum “A vida é doce”, que, comercializado em bancas de jornal de todo o Brasil, alcançou o posto de segundo disco mais vendido de sua carreira. De 2003 a 2008 editou a revista OutraCoisa, que a cada edição trazia o CD de um músico independente. Em 2007 lançou o CD e DVD Acústico MTV, que lhe rendeu o Grammy de Melhor Disco de Rock. É autor dos livros “Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo rock”, “50 anos a mil”, “Manifesto do nada na terra do nunca”, “Em busca do rigor e da misericórdia” e “60 anos a mil”.